As piores crises e pandemias da história

Fala, galera! Natan aqui. Ainda estamos no meio de uma pandemia de coronavírus, o transmissor da covid-19, que até aqui já matou mais de 200 mil pessoas pelo mundo. Mas, se tratando de pandemia, essa não é a pior que a humanidade já enfrentou. Por isso, eu apresento pra vocês no Minidoc desse mês as maiores pandemias da história.

VARÍOLA

Ela não existe mais, porém segue imbatível: a varíola matou tanta gente, que não há contagem exata de vítimas, mas sabe-se que foram mais de 500 milhões de mortos só no século XX. Ela surgiu desde tempos antigos, e foi a provável causa de muitas epidemias misteriosas que rolaram na história , sempre desaparecendo e voltando pro pânico geral, derrubando civilizações e dizimando povos não imunes. Entre suas vítimas, estavam o faraós, reis e rainhas.

Causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae, era transmitida de pessoa para pessoa por vias aéreas, e causava sintomas como febre, erupções na garganta, boca e no rosto. Foi considerada erradicada só nos anos 1980 pela OMS, após uma grande campanha de vacinação que durou duzentos anos, já que a vacina foi criada em 1796 e aplicada nas décadas seguintes a população.

PESTE NEGRA

Entre 1346 a 1353, a Europa e a Ásia enfrentaram a Peste Negra – também chamada de peste bulbônica. Foi um surto causado pela bactéria Yersinia pestis, que era transmitida aos humanos pela mordida de pulgas encontradas nos ratos. Não há números exatos, mas estima-se um número de mortos entre 75 e 200 milhões de pessoas – um terço da população da época.

Não há certeza de onde ela surgiu, mas acredita-se que tenha vindo da Ásia Central pela rota da seda até a Europa que, na época, era um lixão a céu aberto, fazendo a bactéria se sentir em caso de tanta insalubridade e falta de higiene. A crise só foi controlada após as cidades tomarem medidas efetivas de saneamento, diminuindo a quantidade de ratos e a proliferação das pulgas.

Os sintomas incluíam inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou pescoço, além de febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dor muscular.

GRIPE ESPANHOLA

Causada pelo vírus Influenza, ela deixou cerca de 50 milhões de mortos no começo do século XX, quando o surto atingiu com força a Espanha. Cerca de 35 mil brasileiros morreram, inclusive o presidente da época, Rodrigues Alves, em 1919.

A mutação do vírus é constante, o que torna difícil tratar efetivamente, mas campanhas de vacinas antigripais tem impedido que novos surtos surjam. Na época, acredita-se que o tráfego humano causado pela Primeira Guerra na Europa tenha ajudado a propagação do vírus.

CÓLERA

Essa é outra doença antiga, que surge e some com frequencia em surtos locais, já que a bactéria causadora, chamada Vibrio cholerae, sofre diversas mutações constantes e as vacinas não são assim sempre eficazes. O primeiro surto global aconteceu em 1817 e matou centenas de milhares de pessoas, e por ainda ocorrer em vários ciclos, é considerada uma pandemia até hoje. O Iêmen, por exemplo, tem mais de 590 mil pessoas diagnosticadas com a doença e cerca de 2 mil mortes só nesse ano de 2020. 

Os sintomas são diarreia intensa, cólicas e enjoo, e o tratamento é à base de antibióticos, já que a mutação impede uma eficácia total das vacinas. A transmissão ocorre pelo consumo de água ou alimentos contaminados com a bactéria, por isso sua ocorrência hoje é predominante em áreas com problemas de saneamento.

TUBERCULOSE

Uma outra doença atual, a tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo Koch. O maior surto da doença durou cem anos e ocorreu entre 1850 a 1950, deixando milhões de mortos nesse período. É transmitido de pessoa para pessoa e ataca fortemente o sistema respiratório, assim como o coronavírus.

HIV

Essa é a sigla para Vírus da Imunodeficiência Humana, que causa a… AIDS, sigla para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que detona nosso sistema imunológico, deixando-o fraco e permitindo que outras doenças ataquem com mais força. As estimativas atribuem mais de 22 milhões de mortos por complicações da síndrome até hoje

Ela é a mais recente da lista: surgiu na década de 80 e desde então é uma pandemia, já que mesmo após 40 anos ainda não foi descoberta uma cura e muitas sociedades ainda sofrem com alta taxa de infecção. O tratamento, no entanto, tem ficado cada vez mais sofisticado e acredita-se que logo será totalmente efetivo contra o vírus.

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